Descrição
Sobre a Obra:
Da série Mundos Intrincados, obra de 2005.
Peça única, exclusiva, original. Uma das obras mais trabalhosas que fiz, levando mais de 4 meses de trabalho diário sobre ela.
Sobre um painel de 1 m de diâmetro, onde a macro-forma foi desenhada, fui fluindo com os traços, como acontece na escrita, feita com um único pincel, mais largo, que fui afinando, como se afina um instrumento, no caso, utilizando uma lâmina de barbear. Conforme as cerdas iam se desgastando e o pincel engrossando, era necessário um novo afinamento.
Quanto à tinta, outro desafio! Para conseguir os detalhes que eu queria, a tinta precisava estar em uma textura muito precisa para estes traços e, conforme o tempo passava, evaporava a água da tinta, que tinta de ser refinada com algumas gotas de água. E assim ocorreu durante o processo de trabalho todo.
Trata-se de uma obra para se “ler com o tempo”.
A obra é perturbadoramente cheia de detalhes para brincar com quem a adquirir. Ela não tem “lado certo” para ficar na sua parede. Girando-a, e por conta de nossa percepção visual que cria relações e sentidos dentro das formas ou espaços pictóricos, você verá novas figuras aparecerem, novas formas, histórias e personagens. Essa é uma experiência que trabalhei para dar a você nesta obra.
Série Mundos Intrincados:
Texturas que contam histórias. Histórias que contam desenhos.
“Sempre tive vontade de criar e contar histórias e o desenho é a forma de expressão que adotei por poder unir o literal à plasticidade dos materiais e o gestual dos traços. Com meus desenhos busco suscitar a curiosidade do observador, envolvendo-o nas situações, fazendo-o descobrir no meio da textura-figura, cenas inusitadas, enredadas com outras, aparentemente sem fim. Minha opção para isso é o suporte sempre grande e os detalhes sempre pequenos”.
do os gritos são calados com flores, ah isso vale! Embora as lindas flores ajudem o grito a gritar bonito, elas se calam de vez em quando, sentindo a dor dos mudos por conveniência. Tudo isso vibra numa orquestra onde ninguém, ao ver as flores, tão lindas, não ouve nada!
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